O Concurso para Redes de Transferência URBACT foi oficialmente lançado em 1 de abril, sendo as candidaturas aceites até 30 de junho de 2025. Estas redes foram concebidas para transferir uma Boa Prática URBACT para cidades parceiras durante um período de 30 meses.
Porque deve apanhar o comboio da transferência? Uma coisa é ler os termos e condições de candidatura, mas e se pudesse sentar-se com as pessoas que já passaram pela jornada de uma Rede de Transferência URBACT?
Durante o URBACT City Festival 2025 tivemos a oportunidade de o fazer. Vamos ouvir algumas cidades de Portugal, da Hungria, de Itália e de toda a Europa para ficarmos com uma ideia do que significa transferir uma Boa Prática URBACT.
Dica #1 de Elena Giovannini, parceira da rede BeePathNet, Cesena (IT): LIGAÇÃO E INTERCÂMBIO COM PARES EUROPEUS
Uma ligação Instantânea:
“A nossa cidade tem muitas zonas verdes nas quais queríamos aumentar os polinizadores. A rede BeePathNet veio na altura certa para experimentarmos algumas ações específicas! A forma como os diferentes parceiros Europeus pegaram em aspetos da boa prática de Liubliana e os adaptaram ao seu próprio contexto foi realmente inspiradora. Não esperávamos que um projeto de transferência de 30 meses sobre apicultura urbana pudesse vir a ser muito mais!”
Uma experiência memorável:
“O nosso ceticismo inicial sobre se as colmeias nos parques públicos seriam aceites em Cesena foi dissipado - agora temos duas colmeias, um calendário de manutenção dos parques revisto para permitir o crescimento de flores silvestres, plantas melíferas em toda a cidade e módulos educativos para as crianças das escolas locais”.
Saiba mais sobre a rede BeePathNet (2018-2021) aqui.
Dica #2 de Dávid Bartók, parceiro da rede TechRevolution, Nyíregyháza (HU): GANHAR TEMPO RAPIDAMENTE
O Pitch:
“A minha cidade tinha fundos para reabilitar um antigo quartel militar, mas não tinha uma visão clara do que lá colocar! Através da rede TechRevolution, conseguimos desenvolver a nossa visão de um ecossistema de apoio às empresas: um centro empresarial e de negócios baseado no Digital Media Centre em Barnsley (Reino Unido).”
A adesão:
“Graças à demonstração do Parceiro Líder, tivemos a adesão do nosso executivo que conseguiu ver os potenciais retornos. Tivemos algum orçamento do URBACT para testar as coisas à medida que íamos avançando, poupando-nos tempo e recursos valiosos a longo prazo.”
Descobre mais sobre a rede TechRevolution (2018-2021) aqui.
Dica #3, de Paula Rodrigues parceira da rede Biocanteens, Torres Vedras (PT): APRENDER COM OS MELHORES
A melhor colheita:
“A nossa cidade tinha uma estratégia para introduzir alimentos biológicos nas cantinas municipais, por isso, quando vimos que a rede BioCanteens estava à procura de mais um parceiro, agarrámos logo a oportunidade. Mouans-Sartoux (FR) é uma referência na produção biológica para refeições escolares e sabíamos que iríamos aprender muito. É importante sublinhar, no entanto, que a rede não é apenas uma via de sentido único - todos podemos partilhar as nossas próprias práticas e aprender uns com os outros.”
A taxa de retorno:
“Não estamos todos a fazer a mesma coisa; o contexto local e as prioridades políticas são diferentes de uma cidade para outra. Por isso, embora possamos aprender com os melhores, também escolhemos o que nos convém.”
Dica #4: O INVESTIMENTO COMPENSA
Uma Rede de Transferência URBACT é um processo exigente; muitas das cidades entrevistadas sublinharam este ponto. Requer pessoal dedicado (pelo menos uma pessoa a tempo inteiro) e o apoio por parte da liderança política. Ter um defensor local, que irá integrar o projeto de transferência na realidade quotidiana da cidade, é fundamental para fazer avançar a transferência. Pode ser difícil mobilizar as partes interessadas locais, uma vez que, em última análise, se está a tentar mudar mentalidades e comportamentos. O apoio do Perito Líder e do Secretariado do URBACT é inestimável para encontrar as ferramentas e os métodos que funcionam para si.
Olhando para trás, para a experiência de Torres Vedras na rede BioCanteens:
“Talvez não se consiga concluir a transferência de uma Boa Prática em dois anos, mas é certo que se podem lançar sementes para uma nova visão. O importante é começar a viagem, testar ideias cedo e avançar na direção certa”.
Conheça a história da rede BioCanteens (2018-2021) aqui.
APANHE O COMBOIO DA TRANSFERÊNCIA E FAÇA A DIFERENÇA NA SUA CIDADE
É isso mesmo: As cidades que procuram soluções podem estabelecer parcerias com cidades que já têm soluções testadas através de uma Rede de Transferência URBACT. Como mostram os exemplos acima, cada cidade tinha os seus próprios objetivos e motivações, mas todas encontraram benefícios na adesão à rede.
Tem vontade de aderir a uma Rede de Transferência URBACT? Encontre tudo o que precisa em urbact.eu/get-involved, onde também terá acesso às últimas novidades sobre os próximos webinars (organizados pelo Secretariado URBACT, com início a 23 de abril) e as sessões de informação nacionais (organizadas pelos Pontos URBACT Nacionais - NUP de cada País).
Reveja aqui a Sessão Informativa URBACT - Concurso Redes de Transferência, de Portugal, realizada nas instalações da Área Metropolitana de Lisboa no passado dia 6 de maio.
Percorra a Base de Dados de Boas Práticas URBACT para obter mais soluções locais testadas e comprovadas em cidades de toda a Europa.
Traduzido e adaptado do artigo submetido pelo URBACT em 18/04/2025.